Com amplo apoio popular nas redes sociais, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), encabeçada pela deputada federal Erika Hilton (Psol), prevê uma revisão na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para abolir a escala 6×1 – aquela em que o trabalhador tem direito a apenas uma única folga por cada seis dias trabalhados.
O projeto, ainda não protocolado na Câmara dos Deputados, ganha projeção nas redes sociais e já levantou 1,4 milhão de assinaturas em petição pública pelo fim da escala 6×1, mas ainda patina em apoio no Congresso.
A escala 6×1 foi o assunto mais comentado no X (ex-Twitter) no fim dessa última semana, com mais de 135 mil publicações apenas nesse último sábado, 9. A crescente mobilização nas redes sociais busca pressionar parlamentares a assinar a PEC para reduzir a jornada de trabalho no Brasil.
É necessária a assinatura de ao menos um terço dos deputados e senadores – que corresponde a 171 deputados e 27 senadores – para poder ser discutida no Congresso.
Porém, até o momento, a proposta conta somente com 71 deputados e nenhum senador.Embora a proposta pelo fim da escala 6×1 tenha boa aceitação pelos trabalhadores, ela não consegue adesão total da própria esquerda. Isso porque, enquanto toda a bancada do Psol assinou o projeto, apenas metade do PT assinou pela tramitação da PEC.
A legenda ainda não aderiu completamente à medida.A discussão em torno da PEC surgiu por meio do Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), liderado pelo vereador eleito Rick Azevedo (Psol). O Movimento VAT cresceu e ganhou o apoio da deputada Erika Hilton (Psol), que levou a proposta ao Congresso Nacional.
A deputada federal disse, na Comissão de Direitos Humanos da Casa, que o fim da escala 6×1 proporcionaria uma melhor saúde mental aos trabalhadores. Hoje, o modelo 6×1 é comum nos comércios, supermercados, restaurantes, farmácias e demais setores que operam a semana inteira.
Fonte: O povo