O caso do menino Gabriel apenas mostra que muitas vezes nossos guerreiros profissionais da saúde fazem o chamado “mais com menos”, improvisando quando necessário, da forma mais rudimentar possível, para que a vida possa ser mantida.
Mas a saúde de nossa cidade não pode viver apenas a base de gambiarras, até por que ali está uma vida, um amor de alguém, uma criança, jovem, adulto ou idoso, que tem família, que tem história e que tem alguém à espera.
Não é a primeira vez que nosso hospital municipal estampa as páginas dos principais jornais do nosso estado e do país! Não é a primeira vez que nossos guerreiros da saúde tem que fazer artimanhas para que o princípio básico de alguém seja mantido, que é o direito à vida.
Muita coisa tem que ser discutida, o atendimento pediátrico tem que ser discutido e cada ente tem que assumir a sua responsabilidade. O que não pode e não deve é ficar um jogo de empurra – empurra de responsabilidades.
O município deve ter uma ala pediátrica? O Hospital universitário deve abrir um pronto-socorro? Sinceramente? Não sei, mas devemos cobrar cada um dos responsáveis e pedir que resolvam isso de forma urgente, em prol da saúde dos nossos pequenos e de todos nós.
A regulação existe, as regras do SUS são claras, cada um tem que cumprir o seu papel.
E que nosso hospital, de tão guerreiros profissionais, não possa novamente ser capa de jornais no Brasil a fora, por cenas como estas.
Que o menino Guilherme se recupere prontamente, e que nossos gestores deixem a politicagem de lado e assumam as responsabilidades de cada um.